O professor Antonio Carlindo apresentou o seu trabalho em Buenos Aires e vamos aqui compartilhar um pouco sobre o mesmo.
Ao longo da experiência de docência, me deparei com o desafio de desenvolver o caminho mais adequado para acessar o ambiente da criatividade e da inovação. Este desafio leva a pensar sobre a integração dos seguintes ambientes: universidade, empresa, alunos, consumidores, empreendedores e pesquisa e desenvolvimento. Questões como por que o processo criativo é o caminho que desenvolve a autonomia? Qual o melhor jeito de usar a criatividade e melhorar o desempenho da formação universitária e profissional?
O objetivo desta proposta foi apresentar a transformação dos conhecimentos aprendidos em alicerces para aplicação prática no mundo pessoal e profissional dos alunos de design na área de criatividade e inovação.
Inicialmente é preciso ativar as funções do cérebro, da mente e da consciência para acessar as sensações, os sentimentos, a intuição e a representação do pensamento de maneira que a percepção e criação do imaginal, isto é, do mundo dos arquétipos, ícones, símbolos, etc. E do mundo do imaginário, o que é produzido “no aqui e agora” estejam integrados e ao mesmo tempo descriminados. Esta diferenciação é muito importante, pois situa o aluno rumo à maturidade e no processo de autonomia e autoria.
Usar a criatividade para melhorar o desempenho
O trabalho sugere processar uma cultura de inovação. Para tanto, educar a imaginação torna-se necessária, pois é a fonte da criatividade. É trazer a mente algo que ainda não está disponível e precisa ser captado pelos sentidos. Já a criatividade coloca a imaginação para trabalhar. De acordo com as pesquisas sobre o processo criativo, a habilidade mais importante, que separa os inovadores dos profissionais não criativos, é a associação: a capacidade de conexão de diversos campos aparentemente sem relação.
Unidades do plano de trabalho
O propósito é tornar a sala de aula um evento de exploração criativa para novas ideias, novos produtos, serviços e modelos de negócios.
Algumas categorias e competências de ensino, que venho experimentando me levam a acreditar em possibilidades de aprendizagem que proporcionam um caminho para o desenvolvimento do processo criativo, alguns exemplos:
- Modificar o pensamento
- Educar a imaginação
- Aprender a invocar imagens
- Relacionar abstração com concretude
- Aprender a fazer empatia
- Pensar de modo dimensional
- Brincar
- Saber transformar conhecimentos em atitudes
Os seguintes fatores do processo criativo são iniciados e trabalhados para que seja ampliado o potencial criativo. São eles:
- Fatores cognitivos – inteligências, conhecimento e experiências.
- Fatores conativos – estilos, personalidade e motivação.
- Fatores emocionais – padrões, apegos e afetos.
- Fatores ambientais – natureza, pessoal, profissional e social.